FUNDAÇÃO UNIV. DO TOCANTINS - UNITINS
GRUPO DE PESQUISA DIREITO & ARTE
PROF. FABRÍCIO CARLOS ZANIN
ENCONTRO 025, 17 DE ABRIL DE 2017
HEIDEGGER
ADORNO E HORKHEIMER
SARTRE
FOUCAULT
DERRIDA
GADAMER
CRONOGRAMA
■ A VIDA (IN)AUTÊNTICA
- Nietzsche = literato ou filósofo?
- Nietzsche como uma referência filosófica obrigatória
- Novo modo de filosofar
- Nova cosmologia
- Ou último canto filosófico metafísico?
- Heidegger viu em Nietzsche um opositor da metafísica tradicional (platonismo), mas sem ultrapassá-la
- Nietzsche permaneceu preso às características mais fortes do pensamento moderno: as noções modernas de sujeito e de verdade
- O conceito de corpo em Nietzsche substiuiu a noção moderna de sujeito
- A inversão da metafísica permanece metafísica
- Incapaz de radicalizar o projeto de colocar de lado todo e qualquer ponto metafísico arquimediano
- Corpo = metafísica da subjetividade
- Heidegger = sua tarefa filosófica era encerrar a metafísica, criando no seu lugar o autêntico filosofar
- Crítico da metafísica (platonismo) e do positivismo (cartesianismo)
- Fornecer uma saída aos impasses da filosofia ocidental
- Escapar do modo moderno de pensar
- Reinventar o pensamento capaz de des-velar o ser-o que é
- Reinterpretar a história da filosofia como história da metafísica como esquecimento do ser
- Recolocar a questão do ser e da ontologia
- Metafísica = origem do pensamento dualista
- Metafísica na modernidade = Dicotomia sujeito-objeto (método!)
- Modernidade = libertar-se da metafísica com o ideal positivista que, por sua vez, constitui uma nova metafísica (cartesianismo; eu penso; eu existo; certeza de si)
- Kant = noção de eu e de subjetividade; as ciências devem trabalhar partindo do eu como sujeito e do mundo como objeto, lidos a partir do método, do procedimento, da técnica!
- Além disso, o humanismo acopla-se ao dualismo sujeito-objeto; tudo seria para o ser humano, palco do mundo e legitimador do que existe e do que é verdade
- Tudo para o ser humano e no ser humano!
- O mundo não como o que se apresenta, mas como o que é representado pelo pensar do ser humano
- O mundo é a concepção de mundo ou imagem do mundo
- O mundo o aquilo que existe é manipulado e representado pelo ser humano; o mundo e o próprio ser humano dentro dele tornam-se objetos manipuláveis
- Mundo como objeto; ser humano como sujeito; filosofia como epistemologia (relação sujeito-objeto); vida cotidiana dominada pela ciência, pela técnica e pela tecnologia (BIO)
- Modernidade = cabeça metafísica da subjetividade; coração ciência; e mãos tecnologias = resultado da violência legítima, pois tudo o que é recurso ou coisa pode ser usado, abusado, violentado, dominado, manipulado! = Vida inautêntica
- Consequência 1: filosofia como epistemologia (esquema manipulativo)
- Consequência 2: cultura como ciência (saber metodológico)
- Consequência 3: vida cotidiana como tecnologia (tudo é recurso produtivo que rende)
- Educação como criação de recursos humanos passíveis de troca (manipulação); nós e todas as coisas do mundo como objetos (manipuladores, dominadores e dominados; violência (simbólica e física)!)
- Heidegger, a partir de Husserl e sua fenomenologia, quis escapar desse mundo moderno
- Fenomenologia = vida autêntica
- Às coisas mesmas; voltarmos a conviver com o ser, ou seja, com aquilo que é e que se mostra e não que é representado
- A fenomenologia hermenêutica recupera o ser, o ser-aí, o dizer o ser do ser-aí e o tempo do dizer o ser do ser-aí
- Experiência da linguagem segundo o que se manifesta, isto é, vivendo o fenômeno da linguagem, de modo a deixar aquilo que é - o ser - se fazer presente em sua morada. Deixar a linguagem se mostrar como é, como aquilo que fala para nós e por nós, e não como o que é falado segundo nosso comando de pretensos sujeitos
- Cada coisa enunciada pelas palavras deve indicar uma experiência da linguagem, na qual as palavras ditas sovre a coisa estão em uma teia de palavras e de significados que antecede o enunciador e que torna possível o próprio ato de enunciar palavras sobre coisas
- A experiência fenomenológica da linguagem é originária e autêntica, pois faz com que coloquemos nosso enunciar (nossa linguagem) dentro de sua condição de possibilidade, a linguagem que nos antecede e nos constitui (linguagem além de nós).
- O ser se manifesta na linguagem originária autêntica; a experiência fenemenológica da linguagem está não no falar, mas no ver e no ouvir
- A experiência autêntica além do que a ciência ensina que é a experiência; ver coisas que são o que são; ouvir as coisas que são o que são; falar sobre as coisas que são o que são
- Eis o "método" de Heidegger, seu "procedimento" para a filosofia
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■ O ILUMINISMO NO LUGAR
- Escola de Frankfurt: encontrar uma via de ultrapassar a metafísica e o positivismo da modernidade
- Caminho de Heidegger seria uma traição aos ganhos do iluminismo, sobretudo um enfraquecimento da noção de sujeito; o indivíduo autêntico é uma forma de sujeito
- O programa dos iluministas e da modernidade deveriam ser criticados apenas onde se tornaram caolhos ou instrumentais
- A razão instrumental reduz-se a escolher os melhores meios para se atingir os fins, sem uma reflexão e uma crítica séria; por isso acaba esvaziando e invalidando o sujeito
- O remédio de Heidegger aprofundaria a doença, uma razão incompleta, uma racionalidade problemática!
- Dialética do iluminismo = (filosofia da ) história da razão ocidental = cada movimento filosófico porterior se acha superior ao anterior, por considerar-se mais puro e limpo com relação a elementos mitológicos metafísicos (desmitologização)
- Miséria da modernidade a partir da dialética da razão (subjetiva (Dewey p.ex.); finita; individual; meios e fins X objetiva (Platão p.ex.); necessidade; universalidade; tem de ser evocada = miséria da modernidade consiste em preterir a razão objetiva, acusando-a de autoritária, em favor da razão subjetiva) e da "proto-história da subjetividade" (Ilíada e Odisseia; formalização da obediência e dos rituais; desmitologização; desencantamento do mundo; sujeito racional)
- Vida sob constante governo, controle, adminitração
- Ser humano como coisa a mais no mundo; violência
- Reificação, objetificação do ser humano = do sujeito = Alienação = Vida inautêntica = Violência
- Trata-se de entender, na história da razão instrumental (logos), outras dimensões da razão (eros e cronos)
- Saber como montamos a subjetividade moderna, sem descartá-la (como Nietzsche e Heidegger)
- Hipertrofia da racionalidade técnica instrumental deixa de fora eros e cronos
- Mitologia = Metafísica = Ideologia = Mistificação
- Não pela verdade, mas pelo poder; como filosofar escapando de tudo isso? A história pode nos fazer pensar e voltar cada filósofo contra si mesmo
- Círculo vicioso dos aforismo: não dar respostas e acabar consigo mesmo (autodestruição lógica); tarefa do filósofo era convencer o outro de que ele, o filósofo, não tinha razão
- Recepção positiva de Freud (repressão e sublimação) na Escola de Frankfurt, sobretudo na educação, que levaria da repressão à sublimação e na interpretação da "personalidade autoritária"
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■ O PRIMADO DA LIBERDADE
- Pós-guerra e existencialismo
- Contra críticas ao sujeito e ao humanismo da modernidade
- Mas procurou filosofar sem pressupostos metafísicos fortes
- Contra o essencialismo, o existencialismo; não essência, mas existência
- "O homem está condenado à liberdade".
- Decisão, criação, invenção, responsabilidade
- Liberdade como a única coisa efetivamente obrigatória em nossa vida
- Todos os nossos atos seria de nossa responsabilidade e de mais ninguém, sem atenuantes, sem limitações ou condições (psicologia, história, cultura, ideologia); não é possível dizer que as circunstâncias decidem por nós
- Nenhum homem não consegue não exercer o elemento central da liberdade: a decisão
- Condição de ser no mundo; cada decisão é uma projeção no mundo e mais uma opção para a humanidade (deliberação e ponderação)
- Existir é ser no mundo sempre em circunstâncias, mas sem ter como deixar de decidir: para quem decidiu, ação que traz consequências; para o mundo, ocorreu um fato; para a humanidade, criação de mais uma via para se caminhar
- Humanismo de Sartre é diferente do humanismo dos modernos, pois não há essencias na determinação do sujeito, apenas existência condenada a ser livre e tomar suas próprias decisões.
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■ VIDA NA POLÍTICA
- Leitor de Nietzsche e Heidegger
- Herdeiro das procupações com as noções de sujeito e de verdade na modernidade
- Resolveu fazer a história do sujeito antes de confiar na subjetividade
- As relações de poder constituem o indivíduo moderno concreto e, de certa forma, sua abstração filosófica, o sujeito, o humanismo
- Da mesma forma que Nietzsche, tomou Sócrates como ponto de partida de seu filosofar, levando adiante o "conhece-te a ti mesmo"
- "Conhece-te a ti mesmo" não execessivamente epistemológico como na modernidade (objetividade e verdade do eu), mas como cheio de conteúdo ético e moral (cuidado de si)
- Modernidade: divisão radical entre filosofia prática (ser humano que valora e age; Sócrates) e filosofia teórica (ser humano que conhece; Platão), quebrando a tradição antiga do cuidado de si
- Filosofia e ciência modernas preocupadas em avaliar o verdadeiro antes de ensinar a viver; conhecimento desvinculado do agir correto ou errado
- Foucault parte de Hegel, Nietzsche e Heidegger (todos os que descreveram a história da filosofia como uma espécie de história da subjetividade) e ensiina que tivemos de (cor)romper uma maneira específica de fazer filosofia (Sócrates), para se chegar à outros forma (Platão)
- Tudo na cultura nos arrastou para os tempos modernos, quando, então, viemos, de fato, a acreditar que a verdade está no âmbito subjetivo (sexo e corpo; intimidade; poder) ou em lugar nenhum
- Escola de Frankfurt = Modernidade como uma situação na qual o corpo e os impulsos aparcem reprimidos ou sublimados
- Foucault = Modernidade como uma nova relação dos indivíduos com o corpo e com os impulsos; suavização em relação a tudo que os indivíduos pensam sobre punições ao corpo; liberdade corporal; reificação generalizada (operações estéticas, nu, danças eróticas, etc.); relações entre corpo e poder; incentivo ao corpo e ao interesse positivo pelo corpo
- anatomopolítica do corpo; corpo como máquina; adestramento e disciplina; integração a sistemas de controle e sistemas econômicos
- biopolítica da população; natalidade, mortalidade, saúde, duração média da vida
- O poder negativo da morte sai de cena em nome de um poder exercido positivamente em nome da gestão da vida; a modernidade investe no poder sobre o corpo vivo
- Modernidade como entrada da vida nas técnicas (bio) políticas! Ser humano moderno como um animal com vida corporal no centro da política
- Nietzsche, Freud e Marx = Foucault acredita que após esses pensadores ocorreu uma modificação radical do espaço em que os símbolos podem ser símbolos; a tarefa de interpretação se torna infinita! Interpretamos símbolos que são sempre interpretações
- O símbolo se mostra não como aquilo que deve ganhar uma interpretção para se justificar, mas, contrriamente, ele próprio já é interpretação que está em busca de justificação
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■ DESCONSTRUINDO O BOM SELVAGEM
- Estruturalismo Saussure X Pós-estruturalismo Derrida
- Significado não em essências ideais e nem em experiências empíricas, mas em função da posição na estrutura da linguagem subjacente e não imutável
- Relações entre signos, sons e conceitos dentro do sistema, convencionadas por um elemento arbitrário
- Contra platonismo e contra positivismo
- Filosofia = Ciências = Ficções = Todo discurso se autodestrói (desconstrução), no sentido de que todo significado (o que é), ao se fazer presente, cria uma ausência
- O discurso filosófico sempre se desconstruiria; sempre em colapso
- Escola de Frankfurt e pós-estruturalistas = filosofias negativas; filosofia de Derrida é positiva (campos político, comunicacional e educacional; crítica do mito do bom selvagem ou da inocência)
- Sócrates fala > Platão escrita; Rousseau: fala > escrita; escrita = poder, hierarquia, falsidade, mentira; Lévi-Strauss: escrita = erro e desonestidade; Saussure = fala e escrita têm a mesma base de toda linguagem, a de oposição; linguagem como sistema de oposições; Derrida: fala e escrita mediadas por quem as toma; sem superioridade de uma ou outra; desmonte dos proceitos humanistas da inocência e da pureza
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■ HERMENÊUTICA COMO FILOSOFIA
- Dilthey: ciências do espírito e Weber: compreensão (objetividade compreensiva; fenomenologia de Husserl e Heidegger) X positivismo sociológico (Comte e Durkheim): explicação (objetividade causal)
- O que é o entendimento? Questão essencialmente filosófica; se não há fatos, mas interpretações, todas seriam divergentes? Como se daria o entendimento, se este pressupõe interpretações comuns?
- Dilthey = entendimento ôntico; Heidegger = entendimento ontológico; Gadamer = reformar a hermenêutica desde o entendimento ontológico de Heidegger
- Verdade e método = entendimento não é um ato subjetivo; entendimento como integração e ligação da comunidade na qual somos o que somos; entendimento como integração e ligamçaõ linguística com a comunidade; revalorização dos prejulgamentos ou preconceitos; fusão de horizontes; mundo como linguisticamente constituído;
- O que é linguístico é linguístico por forjar a comunicação, o entendimento , por constituir a comunidade linguística e, então, nos dar o mundo; experiência da linguagem como anterior, prévia, constituinte, constitutiva
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ENCONTRO 21 ✔
MORAES, J. Jota.
O que é música.
São Paulo: Brasiliense, 1983
p.30-62
ENCONTRO 22 ✔
MORAES, J. Jota.
O que é música.
São Paulo: Brasiliense, 1983
p.63-92
ENCONTRO 23 ✔
MORAES, J. Jota.
O que é música.
São Paulo: Brasiliense, 1983
p.92-105
ENCONTRO 24 ✔
GHIRALDELLI JR., Paulo.
O que é a filosofia contemporânea?
In. A aventura da filosofia: de Heidegger a Danto
São Paulo: Manole, 2011, Vol.2
p.1-14
ENCONTRO 25 ✔
GHIRALDELLI JR., Paulo.
A filosofia continental
In. A aventura da filosofia: de Heidegger a Danto
São Paulo: Manole, 2011, Vol.2
p.15-48
ENCONTRO 26___Em construção
GHIRALDELLI JR., Paulo.
A filosofia analítica
In. A aventura da filosofia: de Heidegger a Danto
São Paulo: Manole, 2011, Vol.2
p.49-70
ENCONTRO 27___Em construção
GHIRALDELLI JR., Paulo.
A filosofia da arte
In. A aventura da filosofia: de Heidegger a Danto
São Paulo: Manole, 2011, Vol.2
p.117-138
ENCONTRO 28___08/03/2017 ✔
Início 2017
Planejamento
DWORKIN, Levando os direitos a sério, 2002, Introdução, p.VII-XXI.
ENCONTRO 29___15/03/2017 ✔
DWORKIN, Levando os direitos a sério, 2002, Teoria do direito, p.19-40.
ENCONTRO 30___22/03/2017
DWORKIN, Levando os direitos a sério, 2002, Modelo de regras I, p.41-90.
ENCONTRO 31___29/03/2017
DWORKIN, Levando os direitos a sério, 2002, Modelo de regras II, p.91-145.
ENCONTRO 32___05/04/2017
DWORKIN, Levando os direitos a sério, 2002, Casos difíceis, p.146-224.
ENCONTRO 33___12/04/2017
DWORKIN, Levando os direitos a sério, 2002, Casos constitucionais, p.225-254.
ENCONTRO 34___19/04/2017
DWORKIN, Levando os direitos a sério, 2002, A justiça e os direitos, p.255-302.
ENCONTRO 35___26/04/2017
DWORKIN, Levando os direitos a sério, 2002, Levando os direitos a sério, p.303-336.
ENCONTRO 36___03/05/2017
DWORKIN, Levando os direitos a sério, 2002, Desobediência civil, p.337-363.
ENCONTRO 37___10/05/2017
DWORKIN, Levando os direitos a sério, 2002, A discriminação compensatória, p.364-391.
ENCONTRO 38___17/05/2017
DWORKIN, Levando os direitos a sério, 2002, Liberdade e moralismo, p.392-427.
ENCONTRO 39___24/05/2017
DWORKIN, Levando os direitos a sério, 2002, Que direito temos?, p.428-446.
ENCONTRO 40___31/05/2017
DWORKIN, Levando os direitos a sério, 2002, Que direito podem ser controversos?, p.447-464.
ENCONTRO 41___07/06/2017
DWORKIN, Levando os direitos a sério, 2002, Resposta aos críticos, p.465-582.
ENCONTRO 42___14/06/2017
OST, Contar a lei, prólogo.
ENCONTRO 43___21/06/2017
OST, Contar a lei, prólogo.
ENCONTRO 44___28/06/2017
OST, Contar a lei, prólogo.
ENCONTRO 45___05/07/2017
OST, Contar a lei, prólogo.
Datas e horários
✔ Toda quarta
✔ 17 horas
✔ Unitins Campus Graciosa
ENCONTROS ANTERIORES | |||||
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7-8 | 009 | 010 | 011 | 012 | 013 |
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